Brené Brown: criando coragem

outubro 21, 2020 | Shaíze Roth
Brené Brown: criando coragem
Como falar sobre coragem e vulnerabilidade sem citar a brilhante Brené Brown? Começamos a pensar na resposta para essa pergunta nos atentando, fortemente, para o poder da vulnerabilidade. Isso engloba tudo que a palavra nos remete: empatia, coragem, erro, tentativa, perseverança. Toda tentativa é um risco que corremos, é ir de encontro ao desconhecido e, por fim, acabar fazendo amizade com o mesmo.

Introduzindo brevemente Brené Brown, professora e pesquisadora na Universidade de Houston, estuda há duas décadas a coragem, a vulnerabilidade, a vergonha e a empatia. Conduziu workshops com grandes empresas do Vale do Silício, espalhando seu mantra de liderança e a chave para viver uma vida mais plena, no trabalho e fora dele. Agora, Brené tem um especial na Netflix, “The Call to Courage”, onde ela destila a essência de sua filosofia em 76 minutos.

Assumindo riscos

Devemos ter plena consciência de que a zona de conforto, a longo prazo, pode se tornar desconfortável. Isso porque, de certa forma, aceitando a zona de conforto, nos prendemos a algo que não nos instiga, não nos movimenta, nos fazendo ficar inertes ao que não nos faz evoluir.

E agora retornamos ao assunto inicial: quão vulnerável você está disposto a ser? Quantos riscos você enfrentaria para alcançar seus principais objetivos? Esses questionamentos nos fazem pensar em coisas que queremos evitar, por exemplo, insegurança, exposição emocional, incerteza; no entanto, se pararmos para analisar, nós somos extremamente vulneráveis o tempo todo, visto que não temos o controle de nada, não sabemos quanto tempo de vida ainda temos, nem o sentimento que seremos expostos daqui a alguns momentos. Estar vivo é estar vulnerável e isso é inquestionável.

Crescemos e vivemos aprendendo a nos defender de todos esses sentimentos os quais não podemos impedir que sejam sentidos e que fazem nos cercarmos de confortos que minimizam essa exposição ao desconhecido. Inicialmente, uma sensação de proteção cresce, porém nunca se sustenta.

Acabamos por viver a vida em função da nossa zona de conforto e, quando nos deparamos para um olhar mais atento, estamos vivendo uma vida mecanizada, sem alegria profunda, com uma vulnerabilidade menor, mas a que custo? Quanto custa chegar ao final da sua vida e ver que você poderia ter arriscado mais, sido mais corajoso e vivido mais?

Estar vulnerável abre espaço para:
 
  • Criatividade: aceitando a nossa vulnerabilidade, tornamos nosso potencial criativo em algo grandioso, ousado e com potencial irrestrito;
  • Inovação: valorizando uma cultura pessoal que se permite experimentar e, consequentemente, estar vulnerável, permite que você inove no seu jeito de viver, no seu trabalho e na sua forma de enfrentar a vida;
  • Confiança: se você entende que para gerar mudança é preciso ser vulnerável, passa a gerenciar o processo de mudança com mais confiança e clareza, sabe que erros e falhas serão inevitáveis no caminho, porém não se intimida por isso; não deixa seu cognitivo te persuadir com milhões de perguntas negativas evidenciando a vulnerabilidade e o risco como algo 100% negativo.
 
“Assumir a nossa história pode ser difícil, mas não tão difícil como passarmos nossas vidas fugindo dela. Abraçar nossa vulnerabilidade é arriscado, mas não tão perigoso quanto desistir do amor, do pertencimento e da alegria”. O que Brené afirma nessa fala, é que podemos tentar nos proteger de certos sentimentos, mas não podemos bloquear que eles cheguem até nós, sendo parte da essência do que somos e que nos fazem alcançar a estabilidade emocional que tanto buscamos. O risco assumido e o erro são o que nos movem em direção ao crescimento, fazendo com que sejamos a melhor versão de nós mesmos, aprendendo com cada obstáculo e alcançando, cada vez mais, um nível mais alto de entendimento pessoal.
 
A coragem de ser o que é pode levar muito além do que imaginamos. Tenha empatia por si e pelos outros, e enfrente cada situação de cabeça erguida!

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