A construção de equipes brilhantes, por Daniel Coyle

novembro 11, 2020 | Shaíze Roth
A construção de equipes brilhantes, por Daniel Coyle
Daniel Coyle é jornalista e editor da publicação Outside. Por meio de em pesquisas cientificas, identificou as habilidades-chave para que grupos heterogêneos de uma equipe consigam trabalhar como uma mente única.

Durante quatro anos, o autor visitou iniciativas bem-sucedidas de equipes, incluindo um time de basquete, uma quadrilha de assaltantes de joias e um estúdio de cinema. Estudo onde identificou por que alguns grupos se tornam mais fortes com a soma de suas partes e outros mais fracos.

“Descobri que as culturas desses grupos são criadas por um conjunto específico de habilidades que se beneficiam do poder de nosso cérebro social para criar interações exatamente iguais àquelas usadas pelas crianças do jardim de infância ao construir torres de espaguete”, comenta o autor.

A partir de agora, vamos entender um pouco mais sobre cada um dos aspectos apontados por Coyle.

Construir segurança

Esta é uma habilidade fundamental para a coesão e assertividade de um grupo. Não está associada sempre aos líderes, como na criação de estratégias, por exemplo. Aqui, o autor identifica que o sucesso de um trabalho não é determinado necessariamente pela inteligência dos integrantes de um grupo, mas sim com o fato de estarem seguros uns com os outros.

Para que os integrantes do grupo tenham a percepção de pertencimento, o autor percebeu que há momentos de conexão social que possibilitam a integração. Dentre eles, cita a proximidade física, contato visual e uma grande troca de perguntas sem interrupções. Daí, surge a segurança psicológica para o indivíduo se conectar sem receio. Cabe então ao líder encontrar maneiras de conectar o grupo, que determinarão, o desempenho da equipe.

Compartilhar vulnerabilidade

Para o autor, a troca de fraquezas é uma ação básica na construção de confiança de um grupo. Ter alguém que precisa e/ou pede ajuda e alguém que esteja disposto a ajudar fortalece os laços de vulnerabilidade do grupo e a ação é contagiante.

“Pensamos sobre a confiança e a vulnerabilidade como pensamos sobre estar na solidez do chão e saltar no desconhecido: primeiro construímos a confiança e então saltamos. Mas a ciência está nos mostrando que entendemos as coisas ao contrário. A vulnerabilidade não vem depois da confiança – ela a precede. Saltar no desconhecido, quando feito com outras pessoas, faz o chão sólido da segurança se materializar sob nossos pés” explica Coyle.

Os pequenos e humildes diálogos traduzem a conexão do grupo no que diz respeito às vulnerabilidades e deixam claro a importância de que todos precisam de ajuda e tem capacidade de ajudar, resultando em ações de sucesso.

Estabelecer propósito

O que podemos fazer? Esta é a pergunta que nos leva ao propósito. O autor relata que, em suas pesquisas, os integrantes dos grupos gastam tempo contando suas próprias experiências e encaixando o que representam em suas vivências.

O propósito cria indicadores sobre “onde estamos” e “onde queremos chegar”, criando o gatilho para o surgimento da motivação. Ao criar este elo e o engajamento em torno dele, as decisões são o reflexo do pensamento repartido.

Desta forma, o grupo pode chegar ao ambiente de alto propósito – nomear as prioridades, encontrar a proficiência e buscar a criatividade. Ao líder, não cabe apenas emitir sinais, mas promover o engajamento da equipe, para assim, obter sucesso.

O livro “Equipes brilhantes – como criar grupos fortes e motivados” é uma leitura leve, cheia de exemplos ricos e mensagens encorajadoras. Vale a pena cada linha.

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